A qualidade da carne apresentada pela Aberdeen-Angus constitui, sem dúvida, a principal razão pela a qual a raça tem vindo, recentemente, a crescer na sua popularidade. Mesmo que o consumidor não conheça profundamente a raça, já ouviu falar da “ANGUS” e relaciona logo com um produto de qualidade. Muitas vezes adjectivada como “a melhor carne do mundo”. Este facto é muito importante, pois a conquista de mercados envolve muito investimento em promoção.
A alteração das estratégias de produção e comercialização, isto é, olhar mais para a qualidade em detrimento da quantidade; assim como a procura de sistemas de produção extensivos e mais sustentáveis que são necessários e reivindicados cada vez mais pelos consumidores (e.g. preocupações com bem-estar animal ou meio ambiente). A Aberdeen-Angus cumpre os requisitos, para além do potencial produtivo à base de erva, contribuir para uma carne com uma composição dietético/nutritiva mais equilibrada (i.e. deposição de ácidos gordos ómega-3 e CLA).
A precocidade, a rusticidade e o fácil acabamento, tornam a Aberdeen-Angus adequada a regimes de produção à base de pastagem/forragem, com a produção de carcaças com adequada gordura de cobertura, o que contribui para um melhor arrefecimento da carcaça e a maturação das peças – tenrura. A elevada deposição de gordura intramuscular (i.e. o marmoreio da carne), típica da raça, confere o sabor e grande suculência.
Estes atributos têm permitido a vários países (ex: EUA ou Argentina) o sucesso na implementação e desenvolvimento de segmentos de mercado com certificação ANGUS, onde o símbolo é a QUALIDADE, nomeadamente na produção 100% a partir da erva (ex. Nova Zelândia – Angus Pure).
A fama da carne é tão global, que o concurso mundial de cozinha de 2009, realizado em Lyon – França, criado pelo famoso cozinheiro Paul Bocuse, teve como matéria-prima a carne Angus.
A qualidade é tão consistente que é muito solicitada pela restauração/talhos.