cabecalho_newsletter_Aberdeen-Angus

Editorial

Prezados associados,

Inicia-se neste mês de Abril de 2019, a publicação da newsletter, em formato digital, da Aberdeen Angus Portugal - Associação de Criadores.

Pretende assim a Direcção estar mais, e mais perto, dos sócios e interessados pela Raça Aberdeen Angus “A Raça da Carne” em Portugal, Espanha e resto do mundo.

Esta publicação terá uma periodicidade trimestral e procurará estar alinhada com os temas da atualidade e que podem interessar à raça de forma direta ou indireta.

Serão também fornecidos indicadores atualizados sobre o Livro Genealógico e o programa de rotulagem facultativa gerido pela associação, bem como indicadores do sector da carne em Portugal e no resto Mundo.

Esta publicação terá ao longo do ano a colaboração de diversos elementos dos Órgãos Sociais, Secretário Técnico, sócios e demais stakeholders integrantes do setor da carne que tenham temas de interesse para colocar à discussão e fomentar o desenvolvimento da raça em Portugal.

Até Junho de 2019
A Direcção

Livro Genealógico

Ao longo das próximas edições deste boletim, serão publicados alguns dados referentes à inscrição de animais no Livro Genealógico Português da Raça Aberdeen-Angus, permitindo a todos os criadores o acompanhamento da evolução dos trabalhos do LG e do efectivo da raça.

Na seguinte tabela é apresentado o número de inscrições no Livro de Nascimentos e no Livro de Adultos no último trimestre de 2018, divididas por sexo do animal e por país (Portugal e Espanha).

Captura de ecrã 2019-04-03, às 10.46.50
De igual forma, apresentam-se na tabela seguinte os valores relativos à comercialização de carcaças de Carne Controlada Aberdeen-Angus Portugal.

Captura de ecrã 2019-04-03, às 10.48.06

Actualidade

descarbonizacao

Roteiro para a Descarbonização


Portugal assumiu internacionalmente o compromisso de reduzir as emissões de gases com efeito de estufa por forma a atingir em 2050 a neutralidade das emissões, ou seja, um balanço nulo entre as emissões e as remoções da atmosfera. Para definir as formas de alcançar este objectivo, o Governo apresentou o “Roteiro para a Neutralidade Carbónica 2050”.

As declarações do Ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, numa entrevista dada a propósito da apresentação deste roteiro e na qual referia a necessidade de reduzir a produção pecuária entre 25 a 50%, causaram polémica, tendo sido repudiadas por várias organizações do sector e, inclusivamente, pelo Ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos.

Nos documentos disponíveis no site do roteiro (https://descarbonizar2050.pt/) é possível ler que “em Portugal, em 2015, a agricultura foi responsável por 10% das emissões de GEE, tendo-se verificado um decréscimo de 5% relativamente a 1990”. Segundo a informação disponibilizada, a transição da agricultura portuguesa para uma agricultura economicamente viável, ambientalmente sustentável e carbonicamente neutra, vai implicar medidas de política agrícola e mudanças tecnológicas e de práticas agronómicas, entre as quais se destacam:
  • uma maior eficiência na utilização dos adubos azotados e produtos fitofármacos sintéticos, ou mesmo a sua eliminação quando compatível com a viabilidade económica dos sistemas de agricultura;
  • uma progressiva eliminação da queima de resíduos de culturas temporárias e permanentes e a sua incorporação no solo ou utilização na produção de bioenergia;
  • um aumento generalizado das práticas da mobilização mínima dos solos e da sementeira direta nas áreas ocupadas por cereais de sequeiro e regadio;
  • uma maior eficiência no uso da água de rega;
  • um aumento das áreas ocupadas por pastagens biodiversas;
  • uma evolução dos sistemas de gestão de estrumes caracterizada por uma redução das lagoas e sua substituição por outros sistemas de tratamento mais carbonicamente neutros.
O Roteiro encontra-se em consulta pública e esteve aberto à participação até ao passado dia 28 de Fevereiro.

Informação de mercado

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Cotação Semanal Bolsa do Bovino (€/ kg /Carcaça R)

Captura de ecrã 2019-04-04, às 11.55.54
Fonte: Bolsa do Bovino

Bovinos Abatidos e Aprovados Para Consumo

Captura de ecrã 2019-04-04, às 12.15.07
Fonte: INE Boletim Mensal da Agricultura e Pescas - Janeiro de 2019

Cotações de Valor Carcaças de Animais Cruzados (€/kg)

Captura de ecrã 2019-04-04, às 12.11.19
Fonte: Lonja Agropecuária de Binéfar
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União Europeia: Perspectivas para o Sector Agrícola 2018-2030


A Comissão Europeia publicou no passado mês de Dezembro um relatório sobre as perspectivas de produção, mercado e rentabilidade do sector agrícola para o período de 2018 a 2030.

As previsões elaboradas assentam num pressuposto de continuidade das políticas agrícolas e comerciais, da tendência de evolução climática e na inexistência de interrupções de mercado (por exemplo devido a questões de segurança alimentar, doenças animais ou proibições comerciais). No entanto, não foram tidas em consideração as possíveis consequências da saída do Reino Unido da União Europeia (uma vez que as negociações ainda decorriam no momento da elaboração do relatório), apesar de terem sido consideradas as tendências de aquecimento global, não foram contabilizados possíveis fenómenos climáticos extremos, nem possíveis alterações positivas consequentes de novos acordos comerciais, nomeadamente com países asiáticos.

Como tendência geral de consumo o relatório indica que os cidadãos europeus tornar-se-ão mais exigentes relativamente aos alimentos, à sua origem e ao seu impacto no meio ambiente. Para os produtores, esta maior exigência acarretará maiores custos de produção, mas é, simultaneamente, uma oportunidade para valorizar e diferenciar os seus produtos. Neste sentido, prevê-se um crescimento dos sistemas de produção alternativos e certificados (nomeadamente indicações geográficas, produtos de agricultura biológica, livres de OGM, etc.).

Em 2030, a agricultura continuará a desempenhar um papel fundamental na sociedade europeia, registando-se apenas uma ligeira diminuição na área de terra ocupada (de 178 milhões de hectares em 2018 para 176 milhões de hectares em 2030). Das principais produções, apenas a produção de forragens registará um ligeiro aumento da área, chegando a 22 milhões de hectares em 2030. A pressão devida às alterações climáticas e às preocupações ambientais será, em parte, compensada por avanços tecnológicos e melhoria na gestão das explorações e recursos, que também permitirão um ligeiro aumento da produção. A maioria da produção agrícola da EU será consumida domesticamente, havendo, no entanto, a possibilidade de conquista de novas quotas no mercado externo. A procura por alimentos para animais irá crescer, apesar da tendência decrescente da produção animal. Essa procura será mais notória nos segmentos diferenciados como “livre de OGM”, “produção local” e “biológico”.

No que respeita à produção de carne, não é expectável uma alteração significativa. Apesar do consumo de carne na UE registar alguma diminuição (de 69,3 para 68,7 kg per capita), 90% da produção será consumida internamente. A carne de porco e de bovino deverão seguir a tendência de redução registada na última década, sendo os principais motivos as preocupações sociais, éticas e ambientais, preocupações com a saúde, o envelhecimento da população e a menor oferta. No caso da carne de bovino o consumo deverá cair dos actuais 11 kg para 10,4 kg per capita. Apenas a carne de aves registará um aumento significativo na produção e consumo. A produção de carne de bovino deverá registar uma redução, influenciada pela diminuição do efectivo de bovinos de carne, pela baixa rentabilidade da produção, diminuição da procura e competição da carne importada. A possível abertura de novos mercados não será suficiente para compensar essa diminuição.

A previsão aponta para uma diminuição de preços do valor da carne de bovino na primeira metade do período analisado, estabilizando depois até 2030. Os preços da carne deverão ser pressionados pelo declínio a nível mundial, nomeadamente consequentes do aumento dos efectivos dos USA, do Brasil e Argentina. Também os efectivos de bovinos de carne deverão registar uma redução, especialmente sentida nos países mais ocidentais. Países como a República Checa, a Polónia, a Hungria e a Bulgária, registarão aumentos no número de vacas aleitantes, mas insuficientes para contrariar a quebra dos restantes. Apesar do aumento médio dos pesos das carcaças e da estabilidade dos preços dos alimentos, a produção cairá para 7,7 milhões de toneladas em 2030 (-6% que em 2018). Para além dos factos já descritos, a baixa rentabilidade da produção e as baixas perspectivas de exportação contribuirão para acentuar este declínio.

Também as exportações quer de carne, quer de animais vivos deverão enfrentar uma tendência decrescente. Esta quebra deverá ser de 17% no que respeita à exportação de animais vivos, sobretudo por preocupações de bem-estar animal e sanitárias. As exportações de carne deverão cair rapidamente e depois estabilizar até 2030, sendo neste ano a quebra de 10%, quando comparada com os valores de 2018. Os mercados que oferecerão novas oportunidades serão principalmente os países asiáticos, o Médio Oriente e o Norte de África.

É expectável uma estabilização do rendimento económico do sector por unidade de trabalho, devida a uma significativa valorização da produção (+17%), mas acompanhada por um aumento similar dos custos de produção, nomeadamente os custos com energia.

A produção de carne confrontar-se-á assim com novos desafios: as mudanças dos padrões de alimentação e consumo, a crescente preocupação com a origem e modo de produção e uma maior procura de alimentos processados.

Relatório: EC (2018), EU agricultural outlook for markets and income, 2018-2030. European Commission, DG Agriculture and Rural Development, Brussels.

Actividades da Associação

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XI Jornadas Hospital Veterinário Muralha de Évora


Nos dias 22 e 23 de Fevereiro teve lugar a XI edição das Jornadas do Hospital Veterinário Muralha de Évora. Aquelas que são já uma referência entre os eventos técnicos da produção pecuária nacional, contaram nesta edição com mais de 600 participantes, entre eles diversos criadores, elementos da Direcção da Associação e o Secretário Técnico da raça Aberdeen-Angus.

As apresentações referentes aos ruminantes foram divididas em cinco blocos: Produzir, Gerir, Diferenciar, Inovar e Comercializar. O primeiro bloco (Produzir) teve início com a apresentação do Dr. José Caiado com o tema “Preconditioning – como preparar o seu vitelo para a venda”, seguindo-se a apresentação “Vitelo Max – o vitelo do futuro”, da autoria do Dr. André Preto e do Dr. Jaime Carvalheira. No segundo bloco (Gerir) salientamos a presença do Dr. Iñaki Espinosa, médico veterinário especialista em bovinos de carne, que apresentou os “Fatores-chave na recria de novilhas de substituição numa exploração de vacas de carne!”. A apresentação do Dr. João Diogo Ferreira, “Criar em Portugal, inovar com o mundo”, marcou o terceiro bloco (Diferenciar) e no bloco destinado à inovação o Eng.º Alfredo Sendim apresentou um trabalho sobre “Mudanças de hábitos do consumidor – novos modelos de negócio para a produção pecuária”. Para finalizar o primeiro dia de trabalhos, realizou-se a mesa redonda com o tema “Qual o futuro da produção de carne?” na qual, com a sala cheia de produtores e comerciantes se discutiu o panorama atual do sector da carne, nomeadamente as exportações e as fragilidades do mercado, bem como o rumo e os desafios que a fileira da carne enfrentará. A Associação Aberdeen-Angus Portugal esteve representada na mesa pelo Dr. António Cortes.
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No segundo dia, para além da apresentação sobre “Questões sanitárias relacionadas com a exportação” do Dr. João Camejo, houve também a apresentação do Eng.º Pedro Vieira, da DGAV, com o tema “Identificação electrónica de bovinos: uma realidade a partir de 2019”, apresentação que suscitou na plateia diversas questões, sendo notório um elevado desconhecimento sobre o assunto. O último bloco de apresentações do segundo dia teve como objetivo aproximar o investigador ao produtor, tendo sido apresentados diversos projetos de investigação desenvolvidos em Universidades e Institutos Politécnicos.

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Resumo da Visita do Secretário Técnico às Explorações do Continente


Entre 18 e 21 de Fevereiro de 2019 foi realizada a primeira visita do novo Secretário Técnico às explorações do continente. Esta visita teve como principal objetivo o conhecimento das explorações, da sua localização geográfica, as diferentes formas de maneio e o trabalho realizado pelos diversos associados.
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Na segunda-feira, dia 18 de fevereiro, iniciou-se a visita à Agriangus, de João Diogo Ferreira, exploração que faz parte da empresa Caça Brava. Para além das diferentes vertentes desta empresa, foi possível conhecer as vacadas da exploração e o seu maneio, do qual salientamos os cuidados e controlo sobre a reprodução e alimentação. No dia seguinte, terça-feira, foi realizada uma visita à Herdade das Silveiras, de Luís Tavares da Silva, onde ocorre uma interessante seleção da raça, seguindo-se o leilão da APORMOR e uma visita às instalações daquela associação. A tarde foi passada na Herdade do Zambujal.
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No dia 20 de fevereiro, foi possível visitar as explorações de Roland Winter, de Francisco Inácio, na qual houve um acompanhamento do trabalho da CERTIS, seguindo-se a exploração de António e Manuel Candeias. Durante a tarde desse mesmo dia foi possível visitar a Herdade dos Cachopos (SOTAC), a Ouricasulo e a Herdade do Corujo, de João Espadinha. Ainda nesse dia foi possível conhecer a associação Campo Branco que desenvolve um excelente trabalho de apoio aos agricultores da região. Finalmente, no dia 21, quinta-feira, assistimos ao leilão realizado em Beja, mais concretamente no espaço onde se realiza a Ovibeja, no qual esteve presente Francisco Silva. Foram realizadas visitas às explorações de angus vermelhos da Herdade da Namorada e da Herdade da Defesa de Cima. Antes de terminar ainda foi possível visitar o Centro de Testagem e Recria da Associação de Criadores de Bovinos Mertolengos onde estão a ser desenvolvidos estudos interessantes sobre a alimentação/nutrição animal e cruzamentos entre a mertolenga e outras raças incluindo a Aberdeen-Angus, com resultados muito positivos.



Agenda

Abril

24 a 28 – Ovibeja, Beja, Portugal.
https://www.ovibeja.pt/

Maio

1 a 5 - FIAPE - Feira Internacional Agropecuária de Estremoz, Estremoz, Portugal. http://www.cm-estremoz.pt/
7 e 8 - Jornadas AIDA Sobre Producción Animal 2019, Zaragoza, Espanha.
http://www.aida-itea.org/index.php/jornadas-aida/jornadas-2019

Junho

6 a 9 – Semana Verde, Silleda, Galiza, Espanha
http://www.semanaverde.es/
8 a 16 – 56ª Feira Nacional de Agricultura /66ª Feira do Ribatejo, Santarém
http://www.cm-evora.pt/pt/site-investir/MercadoseFeiras/Paginas/Feira-de-S-Joao-2019.aspx


Serviços

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Registo de Nascimentos


Registo de Nascimento dos seus animais através do formulário online. Caso tenha alguma dúvida quanto aos documentos necessários, contacte-nos.
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Consulta dados Animais


Consulta de dados de animais (Nome, LG, SAI) diretamente no programa de avaliação genética Breedplan.


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Consulta dados Criadores


Consulta de dados dos criadores em linha pura (Nome, Localização) diretamente no programa de avaliação genética Breedplan.

Já conhece os nossos selos de Qualidade?

A carne controlada Aberdeen-Angus Portugal é a obtida a partir de bovinos puros e/ou cruzados da raça bovina Aberdeen-Angus, mundialmente reconhecida pela excelência da sua carne, explorados no modo extensivo e que com o adequado acabamento produzem uma carcaça com boa distribuição de gordura e infiltração intramuscular obtendo-se um produto distinto com um excelente sabor, sucosidade e elevada tenrura.
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OBJECTIVOS DA ASSOCIAÇÃO

Congregação de Criadores

Congregar os criadores da raça bovina Aberdeen-Angus, nas variedades preta e vermelha, em todo o território Nacional.

Pureza da Raça

Manter a pureza da raça, desenvolvendo ações que tendam a favorecer a melhoria do desempenho zootécnico nos seus aspetos científicos, técnicos e económicos, assim como, da difusão de bons reprodutores com garantias étnicas.

Criação de Bovinos

Fomentar a criação de bovinos da raça Aberdeen-Angus através do apoio na formação de novos núcleos de animais puros.

Formação Técnica

Assegurar o mais elevado nível de formação técnica aos criadores sobre as várias áreas da seleção genética e bovinicultura de carne.

Promoção da Raça

Promover, patrocinar e apoiar eventos que tenham como objetivo a presença de bovinos da raça para concurso, exposição ou comercialização.

Representação dos Associados

Representar os associados e respetivos interesses legítimos em tudo o que se relacione com os presentes estatutos.



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www.aberdeen-angus.pt

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