Este artigo tem como propósito explicar a execução adequada dos testes de paternidade, e enfatizar a sua relevância no contexto do Breedplan.
A recolha e análise de amostras de ADN em bovinos Aberdeen-Angus, com a finalidade de confirmar a filiação, é uma prática com elevada importância na indústria e na gestão genética de reprodutores de excelência.
A precisão dos registos ajuda os criadores a tomar decisões de modo a melhorar o efetivo, e contribuindo assim para a eficiência e sustentabilidade da indústria.
Importância dos testes de paternidade
-
GARANTIA: Ao confirmar a paternidade através de uma análise de ADN, não só é determinado com precisão quem é o pai de um determinado animal, como permite manter registos detalhados de pedigree em programas se seleção.
-
MELHORAMENTO GENÉTICO: Identificar com rigor os pais de um animal auxilia na toma de decisões por parte dos criadores, sobre que animais devem ser usados como reprodutores com as caraterísticas desejáveis, contribuindo para a melhoria genética da exploração e em simultâneo, evitando cruzamentos indesejados.
-
RASTREABILIDADE E CERTIFICAÇÃO: este método ajuda a prevenir a fraude na comercialização de animais, proporcionando uma garantia de qualidade aos compradores.
-
EFICIÊNCIA REPRODUTIVA: A identificação dos pais ajuda na melhoria da eficiência do efetivo, visto que permite identificar se os animais são bons reprodutores, maximizando assim o potencial reprodutivo.
-
RASTREIO DE DOENÇAS HEREDITÁRIAS: A análise de ADN pode ser usada para identificar animais portadores de genes associados a doenças hereditárias, permitindo a implementação de planos estratégicos para evitar a propagação das mesmas.
Processo de Recolha
1. Começamos por identificar um saco próprio (Figura 1) para cada amostra que pretende recolher com os seguintes dados:
- Marca auricular do animal;
- Número de criador ou marca da exploração;
- Sexo.
(Identificação do pai e da mãe deve ser registada na Associação antes que o pedido possa ser feito).
Figura 1.
2. Selecionamos uma seção da cauda do animal que esteja limpa (Figura 2) e seca para obter uma amostra e faça uma mexa de pelos. A (Figura 3) é um exemplo de cauda da qual não deve ser recolhida amostra.
Figura 2. Figura 3.
3. Com firmeza, retiramos puxando a mexa de pelos na direção oposta ao crescimento (observe a seta na Figura 4) para recolher a amostra, puxando-os da parte traseira “para cima e para longe” até obter cerca de 15 a 20 pelos com as raízes.
Figura 4.
4. O essencial é garantir que a amostra contenha pelo menos 15 a 20 fibras que tenham os folículos, porque é nessa região que o ADN está presente e será utilizado para análise (consulte as Figuras 5 e 6 para referência).
Figura 5.
Figura 6.
Submissão de Amostras e Resultados
Os pelos são colocados com os folículos no saco de amostra (Figura 7), previamente identificado, certificando sempre que a amostra está livre de sujidade e seca.
Figura 7.
Os resultados dos testes demoram cerca de 3 a 4 semanas.